O terror noturno é uma experiência que pode ser bastante assustadora para crianças e, igualmente, para os pais que se deparam com o episódio. Frequentemente confundido com pesadelos, o terror noturno possui características próprias e merece uma atenção especial. Vamos entender o que é esse fenômeno, por que ele acontece e como os pais podem ajudar a criança a lidar melhor com essa situação.

O que é o Terror Noturno?

O terror noturno é um tipo de distúrbio do sono que geralmente ocorre nas fases mais profundas do sono não-REM, logo nas primeiras horas da noite. Diferente dos pesadelos, que acontecem na fase do sono REM e são mais comuns em crianças mais velhas e adultos, o terror noturno atinge geralmente crianças de 3 a 12 anos e tende a desaparecer com o crescimento. Durante o episódio, a criança pode chorar, gritar, transpirar intensamente, apresentar batimentos cardíacos acelerados, respirar de forma ofegante e parecer extremamente assustada, sem estar consciente do que está acontecendo.

Como os Pais Devem Reagir?

Os episódios de terror noturno costumam ser curtos, durando de poucos minutos a meia hora, e a criança geralmente volta a dormir logo em seguida, sem qualquer memória do evento. Para os pais, isso pode ser angustiante, mas é essencial manter a calma. Veja algumas orientações para ajudar nesse momento:

1. Não Acorde a Criança: Durante o terror noturno, a criança está em um estado de semi-consciência e pode se assustar mais ainda caso seja acordada abruptamente. O ideal é observar e assegurar que ela não se machuque, mas evite interferir.
2. Crie uma Rotina de Sono Confortável e Tranquila: Fatores como excesso de atividades antes de dormir, cansaço extremo, falta de sono adequado e estresse podem contribuir para o terror noturno. Tente estabelecer uma rotina relaxante antes de dormir, incluindo atividades tranquilas, como leitura ou uma música suave.
3. Evite a Exposição a Estímulos Estressantes Durante o Dia: O estresse e as emoções intensas ao longo do dia podem impactar o sono das crianças. Reduza atividades que possam gerar ansiedade, principalmente nas horas próximas ao horário de dormir.
4. Não Mencione o Terror Noturno para a Criança: Como a criança não se lembra do episódio, falar sobre o ocorrido pode gerar ansiedade e preocupações desnecessárias. Não enfatize o que aconteceu e, em vez disso, foque em manter o ambiente seguro e acolhedor.
5. Acompanhe o Desenvolvimento dos Episódios: Caso os episódios de terror noturno sejam recorrentes e estejam interferindo significativamente no sono da criança, considere buscar orientação médica ou apoio psicológico. Profissionais podem ajudar a identificar causas subjacentes e fornecer estratégias adicionais de enfrentamento.

Quando Procurar Ajuda Profissional?

Embora o terror noturno seja uma fase temporária para a maioria das crianças, é importante observar a frequência e a intensidade dos episódios. Caso eles sejam constantes ou interfiram na rotina e bem-estar da criança, pode ser interessante procurar a ajuda de um especialista, como um pediatra ou psicólogo. Em alguns casos, eles podem sugerir intervenções específicas ou técnicas de relaxamento para reduzir a ocorrência dos episódios.

Conclusão

O terror noturno pode ser perturbador, mas entender que é uma fase do desenvolvimento infantil e saber como agir durante os episódios pode ajudar a torná-lo menos assustador tanto para a criança quanto para os pais. A chave é a paciência, a tranquilidade e o apoio, garantindo que a criança se sinta segura.

Se você está passando por essa situação, lembre-se de que não está sozinho, e que essa fase irá, muito provavelmente, passar com o tempo.