A distimia infantil, também chamada de transtorno depressivo persistente, é uma condição caracterizada por um humor triste ou irritado que dura a maior parte do dia, por longos períodos. Diferente de episódios breves de tristeza, a distimia é mais duradoura e pode afetar o desempenho escolar, os relacionamentos e a autoestima da criança.
⚠️ Sinais e sintomas mais comuns:
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Irritabilidade frequente.
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Tristeza constante, mesmo sem motivo aparente.
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Baixa energia ou cansaço excessivo.
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Alterações no apetite (comer muito ou pouco).
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Dificuldade para se concentrar.
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Sentimentos de inutilidade ou culpa.
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Pouco interesse em atividades que antes eram prazerosas.
🧐 Possíveis causas
A distimia infantil pode ter múltiplas origens, como:
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Fatores genéticos: histórico familiar de depressão ou distúrbios de humor.
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Ambiente: exposição a conflitos familiares, bullying ou negligência.
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Química cerebral: alterações nos neurotransmissores ligados à regulação do humor.
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Eventos marcantes: separação dos pais, perdas ou mudanças bruscas na vida.
💡 Como ajudar a criança
1. Procure apoio profissional
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Psicólogos infantis: utilizam técnicas como terapia cognitivo-comportamental para ajudar a criança a entender e lidar com sentimentos.
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Psiquiatras infantis: avaliam se há necessidade de medicação.
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Acompanhamento contínuo para monitorar avanços e ajustar estratégias.
2. Mantenha uma rotina saudável
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Sono: horários fixos para dormir e acordar.
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Alimentação equilibrada: frutas, verduras, proteínas e pouco açúcar.
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Atividade física: brincadeiras, esportes leves ou dança para liberar endorfina.
3. Escute e valide os sentimentos
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Dê espaço para a criança falar sem interromper.
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Evite minimizar as emoções (“isso é besteira”).
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Mostre empatia: “Entendo que isso te deixou chateado” ou “Eu percebo que está difícil para você”.
4. Fortaleça a autoestima
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Reconheça pequenas conquistas.
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Incentive a criança a explorar novas atividades.
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Evite comparações, valorizando o progresso individual.
5. Estimule atividades prazerosas e criativas
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Brincadeiras, jogos, leitura e artes plásticas.
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Música, teatro ou dança para expressão emocional.
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Passeios simples, como piqueniques no parque.
6. Crie um ambiente de segurança emocional
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Regras claras com carinho e compreensão.
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Evite discussões intensas na frente da criança.
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Seja exemplo no manejo das próprias emoções.
💛 Lembre-se: distimia não é “manha” ou “frescura”. É um transtorno real que precisa de atenção, paciência e suporte. Com a ajuda certa, a criança pode aprender a lidar melhor com as emoções e recuperar a alegria no dia a dia.